sábado, 26 de fevereiro de 2011

Porque a sustentabilidade (ainda) não é uma realidade corporativa

As prioridades empresariais estão mudando de acordo com o modo como são vistas no mercado. Entretanto, o caminho é longo e árduo.
 
Primeiro o foco era em vendas. As empresas procuravam obter maior vantagem competitiva com o maior volume de vendas por exercício. Depois, vieram alguns modismos corporativos, como a reengenharia, a qualidade total e, então, a responsabilidade social.
Assim, ficou para a última ação a sustentabilidade. Mas afinal, o que ela é: modismo ou tendência? Os “verdes” estão convictos de que é uma tendência e, enquanto isso, o pessoal do marketing aproveita o modismo para tentar alavancar as vendas, melhorar a imagem institucional e o valor das ações.
Em um passado recente, a consistência em si dos programas e projetos desempenhados pela empresa não eram analisados e auditados a fundo, o que dava certa liberdade para as empresas abusarem do termo em vários veículos de comunicação.
Felizmente, na “era” da sustentabilidade, a pressão dos stakeholders externos é grande e já temos visto obras serem embargadas, produtos deixando de ser consumidos e empresas terem a licença social de operar cancelada. Resultado: impactos diretos no valor das ações da empresa.
Mas, afinal, o que é sustentabilidade e como ser sustentável?
Ninguém sabe ou pelo menos todo mundo ainda não chegou ao consenso para estas respostas. Podemos dizer que a sustentabilidade não funciona porque ela não existe e ainda falta legitimidade ao termo e nivelamento global de conhecimento sobre algo que é extremamente relativo.
As pessoas de dentro da empresa que não estão diretamente relacionadas ao “departamento de sustentabilidade” têm, no máximo, uma vaga ideia idéia do que acontece acerca do mundo sustentável corporativo.
Como está acontecendo?
Independente da temporariedade ou da perenidade que a sustentabilidade possa ter, o cerne do problema corporativo atual está no que Alan Murray chama de uma “crise existencial da administração moderna”, em seu artigo ao Wall Street Journal.
Peter Drucker chamou a administração da “inovação mais importante do século XX”, mas Murray defende que a administração moderna não sobreviverá no século XXI.
Isso porque as mudanças estão acontecendo de forma muito rápida -, ao passo que a maioria das empresas possui uma grande inércia corporativa fundamentada no que Taylor ou Fayol viveram.  É clara a fraqueza das organizações em lidar com as mudanças aceleradas.
Os gestores ainda acreditam que as respostas para os novos problemas estão nas experiências passadas. Ou seja, mecanicamente repetem ano após ano o exercício de revisar o que foi feito anteriormente e aplicar a mesma solução para as demandas latentes que vão surgindo.
No entanto, existem duas falhas neste raciocínio: a primeira é que essas novas demandas são de fato novas e, portanto, não existiam no passado. A segunda diz respeito aos fluxos multidirecionais que esses novos problemas possuem. Eles surgem de todos os lados e a todo momento, provendo os mais variados stakeholders, além de uma escala crescente de complexidade que exigem ferramentas e tecnologias de gestão de acordo.
Vamos ter um ganho quando diminuirmos a hierarquia – e consequentemente a burocratização – e aumentarmos a colaboração. Por enquanto, ainda estamos muito ligados ao modelo antigo e o modelo novo permanece em construção. É mais difícil nos desligarmos das ideias antigas do que incoporarmos as novas.
Por tudo isto, a sustentabilidade ainda não é uma realidade corporativa. Seu conceito e sua prática continuam sendo, por enquanto, uma tentativa de direcionamento do futuro, um possível ou provável caminho a ser seguido.
Sem atalhos, a construção desta nova estrada será feita por todos nós – empresa, sociedade civil organizada e poder público.

Mariana Galvão Lyra é mestre em Administração, especialista em Gerenciamento de Projetos, consultora e professora nas áreas de sustentabilidade e terceiro setor. mariana@futuranet.ws
Fonte: Agenda Sustentável

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Como a TI pode contribuir para a Sustentabilidade?


Muito se fala de Sustentabilidade, mas em que contexto, com que significado?
Seria a sustentabilidade somente a aplicação de materiais com cunho ecológico como  os  ecologicamente corretos que reduzem o consumo de energia, água, que agridam menos o meio ambiente e assim por diante?

As empresas por sua vez procuram certificações, selos e meios de se apresentar como empresa verde e sustentável.

Todo o foco que vemos se baseia na questão ambiental, e nos esquecemos que a sustentabilidade tem 3 vertentes e não somente uma.

Temos a questão Ambiental, Econômica e Social, e aí mora o meu questionamento, como podemos trabalhar nessas 3 vertentes?

É obvio que a questão ambiental é que está mais em voga, onde temos várias pessoas e instituições trabalhando e apresentando soluções para que tenhamos cada vez mais opções melhores com esse enfoque.

Na construção civil temos uma série de iniciativas,onde vemos a apresentação de equipamentos, materiais e novas tecnologias de construção muito interessantes que trazem
ganhos para o meio ambiente e a longo prazo para os usuários dessas construções.

É nesse momento que temos que nos questionar:
O que mais podemos fazer?
O meu canteiro de obra é sustentável?
E a tecnologia da informação onde pode me ajudar nesse ponto?

Em todas as obras de empresa que tenham um porte médio, temos toda uma estrutura de informática, onde os computadores são usados por um período máximo de 10 horas por dia. Mas e no restante do tempo, como esses equipamentos são utilizados?

E o consumo de energia elétrica desses equipamentos? A utilização de impressoras, consumo de papel? Será que tudo que foi impresso era realmente necessário?

É nesse cenário que a tecnologia da informação pode vir e ajudar na questão da sustentabilidade de maneira contundente.
É claro que termos equipamentos que consumam menos energia elétrica, que sejam produzidos de maneira sustentável, mas como fazer para que o parque de máquinas existentes nas empresas que não tiveram essa preocupação possam contribuir com essa causa.

Algumas medidas simples podem ser tomadas levando a esse objetivo, por exemplo:
Imprimir somente o que realmente precisa ser impresso;
Ao deixar o computador para o café, no lugar do descanço de tela, desligar o monitor

Como podem ver, esses dois exemplos são coisas simples de se fazer no nosso dia a dia e que podem contribuir com a sustentabilidade, alem de trazerem economia para empresa.

Vamos pensar sobre esses dois itens somente.
Ao reduzir o número de impressões, estou consumindo menos papel, menos tinta ou toner e usando menor energia da impressora.
O monitor fica ligado em media 8 horas por dia, quanto tempo você realmente passa a frente dele? Já foi para casa alguma vez e o deixou ligado sem querer?
Você sai de casa e deixa a sua televisão ligada? Creio que não.

Essas medidas trazem grande economia para empresa e reduz a agressão ao meio ambiente.
Existem estudos que comprovam que um monitor de computador em estado de espera tem o seu consumo de energia reduzido em mais de 80 % em média, em alguns modelos chega a 90%.
Assim como essas temos várias atitudes que podemos tomar no nosso dia a dia.

E como a TI pode contribuir com esses dois aspectos?

O gestor da rede pode e deve colocar uma política de economia de energia que, onde o computador ficar ocioso por um tempo desligue o seu monitor ou entre no modo de economia.
Normatizar o volume de impressões com o uso de impressoras tarifadas.
Também são medidas simples e rápidas de serem implementadas.

Mas quero focar não somente nesses dois pontos, vou demonstrar para vocês como um ERP pode contribuir para sustentabilidade e economia de uma empresa, onde usarei como exemplo uma empresa de engenharia.

Sim, o ERP pode sim contribuir para a causa da sustentabilidade.

Se pensarmos  nos processos que temos envolvidos em toda a operação da empresa veremos que o ERP é uma importante ferramenta para empresa e que pode contribuir de forma contundente na questão da sustentabilidade.
Vou focar em apenas um processo do dia a dia de uma construtora para exemplificar como podemos usar essa ferramenta na questão da sustentabilidade.

O processo de compra e consumo de material.
Toda boa construtora tem o seu processo de construção bem planejado, esse planejamento feito dentro de um bom ERP irá permitir que saibamos com a antecedência necessária a quantidade de material necessário para cada etapa da obra, bem como teremos essa informação distribuída no tempo.
 Esse processo bem feito e conduzido irá permitir uma considerável economia de espaço de armazenamento e uma maior organização do almoxarifado existente no canteiro, além é claro da economia  que trará na compra dos mesmos.
Tendo o material bem organizado e focado no consumo necessário para execução é possível reduzir o desperdício desse material, evitando o assim o aumento da produção dos resíduos sólidos e lixo no canteiro de obras.
Como fazer isso acontecer?
Com praticas simples no dia a dia operacional da obra como, por exemplo, fazer as compras e entrega de material com base no planejamento da obra.
Para cada serviço que for ser executado o responsável pelo mesmo irá receber somente o que está previsto no planejamento, garantindo assim o consumo do que foi previsto, reduzindo perdas e mantendo a rentabilidade do projeto.
Existem estudos que demonstram que a perda média de material pode chegar a 25%, e essa perda com o planejamento e controle adequados podem ser levada para níveis de 3 a 4%.
Para isso o planejamento e controles adequados se fazem necessários e a ferramenta para isso é o ERP.

Outro ponto que a TI pode ajudar e muito é com a redução do consumo e tramite de papel na empresa.
Como ?
O uso do ECM ( Enterprise Content Management /Gestão de Conteúdo Empresarial).
Essa é uma poderosa ferramenta que agrega GED ( gestão eletrônica de documentos ), workflow e BPM ( Business Process Management /Gerenciamento de processos de negocio).
Com o ECM podemos além de ter ganhos inestimáveis com a organização de processos e informações.
Dentro de nossas empresas existem uma seria de informações que não estão adequadamente estruturadas e mais preservadas.
O volume de planilhas, documentos e outras mídias digitais espalhadas pelos computadores pessoais, diretórios de redes, emails e pendrives, é grande e a sua recuperação demandam um tempo e esforço maior ainda.
Para organizar todas essas informações não estruturadas temos o ECM, que permite que organizemos, armazenemos e mantenhamos essas informações a salvo dentro da organização.
Estudos estimam que anualmente 45% do tempo dos executivos das empresas é gasto na busca de informações não estruturadas e sem muito sucesso.
Quanto custa esse tempo? Quanto de energia é gasto nessa procura? Energia pessoal e claro energia Elétrica.
Agora pegue todo esse conteúdo , no momento que você recebe e coloque-o em um container de informação, o GED, onde esse conteúdo ,será organizado, armazenado, indexado, mantido e irá lhe permitir, revisar, atualizar, divulgar e pesquisar todas as informações neles contidas.
O uso do GED irá evitar um custo enorme de impressão , já que é possível ter acesso as informações na tela dos nossos computadores.
Imagine a seguinte situação, você está passando por um processo de auditoria de ISO9000 e precisa da licença ambiental da uma determinada obra para apresentar para o auditor, o que se faz normalmente? Vamos ao arquivo, buscamos a licença, tiramos uma cópia, deixamos o original no arquivo, e a copia mostramos para o auditor.
Bom, vamos pensar nesse processo simplório, imaginando que o arquivo fica em uma sala que não é muito acessada, a mesma estava com a luz apagada e você teve que acendê-la, o tempo que levou para encontrar o documento, se estava tudo muito bem organizado foi de pelo menos 5 minutos, alem disso teve o consumo de energia , tonner e papel da copia tirada, e isso tudo para quê? Para o auditor olhar e lhe falar que estava tudo ok.
Com o ECM esse processo será da seguinte maneira, você irá acessar o seu computador que já está ligado, pesquisará o documento, levará alguns segundos para encontrar a informação e apresentar na tela para o auditor, tendo o mesmo resultado.

Como pode ver o uso dessa ferramenta irá evitar o consumo de papel desnecessário, com ela integrada ao ERP, você pode ter todos os documentos vinculados aos projetos sendo acessados rápida e facilmente por quem for de direto. Informações referentes a contratos de clientes, de fornecedores, notas fiscais e os vários documentos que estão interligados aos vários processos de nossas empresas e que constantemente tiramos copias para deixar a informação em cada ponto desse processo, e que no fim de tudo a maioria irá parar no lixo, ou na melhor das hipóteses com rascunho.

Além de estamos agredindo a natureza, estamos aumentando o custo de nossa operação de maneira desnecessária.


Esses são apenas alguns exemplos de como podemos usar a TI, o ERP e as ferramentas informatizadas para nos ajudar a termos uma empresa sustentável, e junto a isso reduzirmos o custo de nossas empresas.



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Porque é tão dificil implantar um ERP ?


Porque é tão dificil implantar um ERP ?

A implantação de um ERP não é um processo fácil, e normalmente passa por uma série de dificuldades que precisam ser contornadas para que o projeto seja um sucesso .

Passamos por vários tipos de dificuldades, e aqui vou elencar algumas que são comumente encontradas, irei também dar algumas dicas que irão ajudar a contornar essas dificuldades.

As situações que aqui serão narradas dependem diretamente da filosofia da empresa e muitas vezes são criadas até mesmo em função da maneira com que a o processo de compra da solução foi conduzido.

Podemos demonstrar o processo de aquisição de software por meio do gráfico abaixo que demonstra a expectativa do cliente com relação ao que o lhe é apresentado  e o que o aplicativo faz.


Como podemos ver, durante todo o processo de negociação o que é apresentado é que o sistema faz tudo que se quer,  e com isso a expectativa de quem está adquirindo somente aumenta.

Aumenta, pois enxerga que todos os seus desejos e anseios poderão ser alcançados pela maravilhosa ferramenta que lhe está sendo apresentada, mas a sua necessidade nem sempre é o que ele anseia, e muitas vezes o sistema atende adequadamente o que ele precisa.

Mas se isso não bastasse depois vem o processo de implementação de tudo que foi vendido para a alta administração, e é nessa hora que começam os primeiros problemas, onde é fundamental que o gerente de projeto mostre a sua faceta perversa e traga as expectativas do cliente para o nível que o sistema atende ou o que ele necessita, conforme o gráfico abaixo.

O gerente de projeto deve deixar claro para o cliente que nem tudo que ele deseja e anseia será feito, que DESEJO é diferente de NECESSIDADE. É fundamental que ele traga o cliente e os usuário para a realidade, apresentando e demonstrando o que pode ser feito.

Nesse momento deve-se ter cuidado e cautela, pois irá gerar um trauma e virá à tona a famosa frase, “Mas não foi isso que comprei, não foi isso que me apresentaram, me prometeram tudo que desejo”. É nessa hora que a habilidade de comunicação e capacidade de negociação do gerente de projeto deve se apresentar.

Vencida essa fase da expectativa, começam a aparecer outros problemas, que irão necessitar de tanta ou mais diplomacia pode parte do gerente do projeto.

A resistência do Usuário

Durante o processo de implementação iremos nos deparar com a resistência natural de todos os usuários, que terão que se adaptar a uma nova realidade, não só no que tange ao sistema informatizado, mas muitas vezes com mudanças de procedimentos e normas.

Nessa hora uma ferramenta muito útil é a Gestão de Mudança, essa ferramenta se bem trabalhada irá permitir que consigamos os envolvimento e comprometimento de todos para que possamos superar bem as barreiras imposta por pessoas que não desejam a mudança.

É muito comum encontrarmos pessoas com o discursos com os seguintes contextos :
“A empresa trabalha a sim há vários anos, porque mudar agora?”
“Estamos ganhando dinheiro assim, quem me prova que essa mudança é boa para empresa”
“Essa obra já começou errada não vale a pena implantar tudo isso, vamos terminar como começamos”
“O sistema antigo funcionava tão bem, é muito melhor, para que mudar?”

Essas e outras colocações irão surgir a todo o momento, e teremos que, muitas vezes, usar de uma boa dose paciência e muita diplomacia para mudar esses contextos. Caso isso não resolva uma boa estratégia é sempre envolver a alta gestão e usar da sua influência e patente para eliminar esses focos de resistência.

A eliminação desses focos de resistência o quanto antes se faz necessário para que eles não cresçam e venham a sabotar o projeto.

Outro problema que irá aparecer é a notória falta de capacidade de quem está envolvida no processo.

A Capacidade técnica da equipe de implementação.

Várias são as vezes que as empresas fornecedoras de software não se aliam a um processo adequado de consultoria de processos, e mais, contam com profissionais pouco preparados para entender o contexto de negócio da empresa.

No mercado da construção essa é uma realidade, são poucos os profissionais dessas empresas de softwares que entendem as nuances de uma empresa de construção.

É fundamental que a o profissional que vá integrar a equipe de técnica de implementação tenha conhecimento solido dos processos, e claro uma boa experiência no ramo, assim evitaremos uma serie de problemas inclusive com relação a nomenclaturas, termos técnicos, exigências legais e processos que são comuns a área.

A pouca experiência dos profissionais na área fim da empresa leva a outro problema constante.

A seqüência de levantamento e implementação.

Muitas empresas de software tendem a pasteurizar o seu processo de implementação, o que até deve ser feito para que as mesmas tenham maior produtividade, mas isso deve ser feito com foco no processo do cliente.

Um erro comum das empresas de softwares é venderem focadas no processo e na hora da entrega a fazem de maneira modular, o que irá prejudicar a implementação e o sucesso do projeto.

Esse fato é comum principalmente quando o Cliente colocar a frente do projeto uma pessoa que não irá se dedicar da maneira adequada ou não tem a experiência necessária para direcionar o trabalho que deve ser feito.

O processo de levantamento deve sempre comercar pela atividade fim da empresa, é comum vermos levantamentos iniciando pela contabilidade, fiscal ou financeiro que são justamente as áreas onde os processos irão finalizar.

Em uma construtora,  a origem de tudo é na engenharia, as demais áreas da empresa, são apoio ao negocio, não existe financeiro se não existir obra, não existe obra se não existir orçamento. Tudo gira em torno do negocio engenharia, o grande foco de controle estão nos processos da engenharia, toda atenção deve ser dada á essa área, pois é dela que teremos as informações gerencias para apuração do resultado da empresa.

Essa visão é fundamental, não importa se a primeira área que terá o sistema nova implementado será o RH ou a contabilidade, mas que no final da implementação as informações fundamentais da empresa sairão da engenharia, informações tais como:

Rentabilidade das obras
Custo Orçado x Realizado
Percentual de atraso
Custo de compras
Produtividade

E vários outros  indicadores que farão parte da gestão da empresa.

A desatenção dessa seqüência normalmente nos leva outro problema.

Baixa confiabilidade na capacidade da ferramenta adquirida

O fato da equipe de implementação começar por área não fim, leva em muitos casos à gestão da empresa não visualizarem os benefícios que a opção pela troca da ferramenta de gestão trará.

Isso acontece pelo fato da área fim ter sido deixada por ultimo , em função da empresa de software não ter profissional capacitado disponível para o projeto.

Esse é um ponto que o gerente do projeto deve ter uma atenção redobrada pois sem isso iremos ver crescer os problemas anteriores em função de uma falha de gestão no que tange a montagem da equipe.

O profissional que for atuar na implementação da área fim da empresa , deverá ter um alto conhecimento dos processos dessa área, e do produto que irá implementar.

Caso esse profissional não tenha esse conhecimento, não o utilize. Colocá-lo em processo desse tipo, pode ser um verdadeiro “harakiri”. Ele irá destruir o projeto, e colocar em cheque a ferramenta, e em alguns casos irá levar ao término prematuro do projeto.

Profissionais com pouco conhecimento tendem a colocar a culpa na ferramenta, alimentando o monstro da resistência a mudança, isso é sempre desastroso, pois a confiança na ferramenta se desintegra.

É obvio que em certos momentos a ferramenta irá apresentar falhas e não aderência, e um profissional conhecedor do mercado e com ampla experiência tem a capacidade de superar esses desafios, portanto, tenha na equipe de implantação um profissional muito bem capacitado.

Podemos dizer que esses são os principais fatores de risco e dificultadores para a implementação de um ERP em qualquer empresa.

Não podemos perder o foco na atividade fim da empresa afinal de contas a maioria das empresas não é bureau contábil.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ganhos proporcionados por uma boa definição de processos.

Será que somente termos em nossas empresas um bom ERP é o suficiente para que todos os problemas se resolvam ?
A resposta é não.
Um bom ERP sem duvida é importante, mas o mais importante para empresa é ter o seus processos bem definidos e modelados.

Uma boa definição de processos irá garantir que as engrenagens da empresa funcionem corretamente.

Um ponto que devemos ter sempre em mente é que o ERP é apenas uma ferramenta e não uma vara de condão que com um passe de mágica irá solucionar todos os problemas existentes na empresa.

Devemos sempre estar atentos a forma com que esses processos estão definidos, em muitas empresas encontramos manuais maravilhosos com todos os processos bem descritos e detalhados, com definições de atribuições, responsabilidades e todo o aparato teórico de como os processos e procedimentos deveriam funcionar na empresa, porém essa informação 
nunca saiu do papel para a prática.

Em outras empresas encontramos o cenário contrário, onde não existe nada descrito e documentado , porém os procedimentos estão cotidianamente sendo usados de maneira tal que todos sabem até onde vão as suas atribuições,responsabilidades, deveres e políticas.

Há ainda empresas que você encontra o caos completo, onde não existe qualquer processo ou procedimento que oriente a forma de cada um trabalhar, onde cada colaborador faz as suas atividades da maneira que lhe conveniente, onde a exceção é a regra, onde cada vez que  uma operação vai ser executada a mesma é feita de uma maneira diferente.

Existem ainda aquelas que tem todos os processos descritos e documentados mas não estão implementados na prática , onde cada um faz como melhor lhe convêm.

O que devemos procurar é ter nas nossas organizações os processos e procedimentos bem definidos e implementados, fazendo com que todos saibam o seu papel, as regras as quais devem seguir, como devem proceder em cada situação, saberem as suas responsabilidades e onde as suas ações irão impactar no resultado da operação da organização.

Ter essa filosofia assertiva e clara implementada, é de fundamental importância e pode trazer enorme ganhos como por exemplo :

1. Aumento na produtividade dos colabores
2. Diminuição ou até mesmo a eliminação do retrabalho
3. Informações confiáveis
4. Agilidade no transito das informações dentro da organização
5. Facilidade na recuperação de informações
6. Facilidade na consolidação de informações e resultados
7. Melhoria no processo de tomada de decisões
8. Melhor acompanhamento dos resultados da empresa

Esses são apenas alguns dos benefícios são decorrentes da boa definição de processos e a sua correta implementação.

Com essa consciência, implantar um ERP antes de mais nada exige que revisemos os processos e procedimentos para que as ferramentas que o ERP irá nos proporcionar se encontrem em consonância com os processos, e para que possamos identificar claramente o que ela não irá atender e assim definirmos as situações de contorno .

O ERP irá tão somente informatizar e agilizar os processos que a empresa adota ou seja, se você tem o caos irá informatizar o caos e torná-lo mais ágil, se você tem processos bem definidos terá o nirvana.

Os processos são o cérebro da organização, o ERP os músculos, e os colaboradores são as terminações nervosas que irão fazer os músculos funcionarem corretamente.
Lembrem-se que onde a cabeça não pensa o corpo padece.

Aliar consultoria de processos à implementação do ERP traz ganhos substanciais para a organização e ajuda a alinhar as expectativas da alta administração com o operacional.
O foco nos processos e no horizonte de crescimento da empresa não deve nunca ser perdido e o ERP será a ferramenta , a massa muscular que irá levar a empresa a esse objetivo.

FOCO NOS PROCESSOS E NOS RESULTADOS.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tecnologia da Informação Custo ou Investimento ?

Uma questão constante dentro das empresas, principalmente nas empresas de Engenharia, é como a Tecnologia da Informação é encarada.
Muitas empresas encaram os valores gastos com a tecnologia da informação como custo, pois não vêem como essas ferramentas podem gerar resultados  para as mesmas.
Os elevados investimentos que são feitos em hadware e software contribuem para que os executivos tenham a impressão que esse custo é demasiado, e o fato da intangilibilidade do software ajuda a reforçar essa impressão.
Muitos apostam que com a compra de um ERP todos os seus problemas serão resolvidos, e não se lembram que o principal problema na maioria das vezes está nos processos das empresas.  A visão deturpada de que um ERP irá resolver tudo logo de partida faz com que a frustração se torne grande. Essa visão, muitas vezes, é alimentada pelo profissional de vendas que apresenta a solução focando nas melhores características que o produto oferece e em momento algum salienta que tudo aquilo que é mostrado só é possível se apoiado por processos bem estabelecidos.
A visão da necessidade de revisão dos processos traz a reboque, muitas vezes, a necessidade de uma consultoria  para fazer esses ajustes. Isso traz mais um custo indireto a ferramenta que está sendo adquirida, e infelizmente o que se vê nesse momento é o acréscimo dos custos.
Poucos tem a visão correta que com a implementação de uma ferramenta de ERP irá proporcionar à empresa uma melhor organização de seus processos, um maior nível dos controles tanto administrativos quanto de obra.
Com esse controles terão condição de melhorar a precisão dos orçamentos, um melhor controle dos gastos, aumento na previsibilidade de custos a serem desembolsados e efetiva apuração de resultados e tudo isso com uma agilidade muito maior.
Ao destacar todas essas possibilidades para os empresários, temos que salientar sempre que isso tudo deve estar pautado em processos rígidos e bem organizados, caso esses processos estejam funcionando adequadamente “até no papel de pão” os resultados serão obtidos.
Com esses resultados em mãos podemos demonstrar facilmente o quanto as ferramentas de TI podem agilizar os processos e reduzir os custos de operação , e com isso demonstrar que os valores empenhados são Investimentos e não Custos.

Iniciando nossa troca de conhecimento.

Olá,
Sou analista de sistemas a mais de 20 anos, e ao longo dessa jornada de mais de 2 décadas tive a oportunidade de atuar em diversos segmentos, sempre com o desenvolvimento de sistemas.
Na última década me encantei pelo segmento da construção civil onde graças a antiga RM Sistemas, atualmente TOTVS, me envolvi diretamente com os problemas e situações do segmento.
Nesse período tive a oportunidade de participar de várias realidades de empresas de diferentes portes e filosofia de trabalho, sempre buscando ajudá-las com o conhecimento que adquiri ao longo do tempo.
Nesse blog compartilharei com vocês esse conhecimento, para que possamos melhorar e discutir o nosso dia a dia.
Irei colocar aqui práticas encontradas no mercado, problemas, soluções e ferramentas utilizadas.

Espero que possa ajudar a todos aqueles que passam por problemas cotidianos nas empresas de engenharia ,principalmente no que tange o gerenciamento de projeto e como melhorar os resultados dessas empresas com o  uso da tecnologia da informação.

Abraços a todos.